domingo, 18 de novembro de 2007

Sessão 9. Maria Antónia Palla

Maria Antónia Palla

Nasceu no Seixal em 1933, no seio de uma família “republicana, laica e socialista”.

Fez a instrução primária em casa, o secundário no Liceu Francês Charles Lepierre e licenciou-se em Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras de Lisboa.

O jornalismo foi a sua única profissão, iniciada em 1968 no “Diário Popular”, após um concurso que permitiu, que pela primeira vez, três mulheres entrassem numa redacção, com funções indiferenciadas. S

eguiram-se o “Século Ilustrado”, “Vida Mundial”, “A Luta”, Agência ANOP, “A Capital”, RTP, revista “Máxima”, de que foi chefe de redacção.

Foi membro do Conselho de Imprensa, eleita pela classe e foi a primeira mulher eleita para a Vice-Presidência do Sindicato dos Jornalistas. Foi também a primeira mulher a ocupar o cargo de Presidente da Caixa de Previdência dos Jornalistas, função que desempenhou nos últimos dez anos.

Entre os muitos temas que tratou durante os trinta e quatro anos de jornalismo, destacam-se os dedicados à situação das mulheres, tendo desenvolvido intensa actividade cívica em defesa dos seus direitos, nomeadamente a despenalização do aborto.

Foi Presidente da Liga dos Direitos das Mulheres, de que foi fundadora.

Realizou conferências, participou em colóquios, publicou inúmeros trabalhos em jornais e revistas e,

em livro, “Só Acontece aos Outros”, ed. Bertrand, 1979, considerado “um olhar pioneiro sobre o fenómeno da violência contra mulheres, crianças e adolescentes.

Publicou ainda “Revolução meu amor”, ed. Prelo,1969, sobre os acontecimentos de Maio de 68;

O essencial sobre a Condição Feminina”, ed. Imprensa Nacional, 1985;

“Seis portuguesas em terras da UNITA”, ed, Bertarand, 1988, em co-autoria e

Savimbi, um sonho africano”, ed. Nova Ática, 2003, em co-autoria com João Soares.


Para a RTP, foi autora de diversos programas temáticos, produzidos pela CINEQUIPA e, em co-autoria com as jornalistas Antónia de Sousa e Teresa de Sousa, respectivamente, as séries “NOME: MULHER” e “O OUTRO LADO DA CRISE”.

Foi agraciada com a Ordem da Liberdade, em 2004, pelo Presidente Jorge Sampaio.

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