terça-feira, 27 de novembro de 2007

Pedido

Foi solicitado que colocasse online a morada dos Arquivos Nacionais Norte-Americanos.
Podem ser consultados aqui.

Finito

Pois… tudo de bom tem de acabar, lá diz o ditado popular.
Pois julgo que acabámos «em grande». Mais uma magnífica sessão, com dois convidados de luxo, e um repasto digno de memória, ou não estivéssemos a ser recebidos por El Corte Inglês.
As intervenções foram, uma vez mais, de altíssima qualidade. Mesmo sem um prometido Data Show à Inácia Rezola (em virtude de termos mudado de sala), a especialista na transição portuguesa, e em especial no 25 de Abril, colocou-nos perante uma visão panorâmica dos principais acontecimentos deste processo decisivo para a nossa contemporaneidade.
Já António Costa Pinto, com a sua vasta experiência, levou-nos aos primórdios da integração europeia, não aos anos 80, mas ao pós-guerra; estabelecendo ligação, assim, com a sessão da Fernanda Rollo, sobre Portugal nos anos 50.
Para terminar, resta-me agradecer ao El Corte Inglés, quer pelo desafio da iniciativa quer pelas condições disponibilizadas (um grande abraço ao Roberto, à Susana Fernandes, à Cristina Savioti e especialmente à Susana Santos). Agradecer a todos os oradores, homens e mulheres, jovens investigadores e consagrados catedráticos, da FCSH da UNL, de Letras, de Lisboa, de Coimbra, do Porto, do ICS, do ISCTE, da ESCS. Sem eles, não teria sido possível ter colocado a bitola num tal elevado nível de conteúdo.
Por fim, queria ainda agradecer a toda a «turma», verdadeiros entusiastas da história que, num horário complicado, preencheram a sala de âmbito cultural num ritual espontâneo que surpreendeu muitos dos que convidámos a apresentar comunicação.
Numa altura em que se procura passar a ideia de que a cultura está fora dos círculos do quotidiano, que existe uma dissonância entre a sociedade civil e a sociedade académica, este I Curso do El Corte Inglês vem provar que não só esta ideia carece de fundamento, mas que o que faltam são mais iniciativas que possibilitem este tipo de encontros.
Termino, relembrando que a ideia original do curso era procurar construí um espaço de exposição, de informação e de reflexão; que permitisse não só uma visão perspectivada e panorâmica do nosso século XX, mas ainda permitir a inscrição destes novos quotidianos culturais.
Eu gostei. Muito.
Comentem aqui.

.

.

Sessão 10 - Portugal: A transição, a Europa e o Futuro


Maria Inácia Rezola


António Costa Pinto

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

O dia de hoje.

Sessão 10.
Portugal: A transição, a Europa e o Futuro
Maria Inácia Rezola
António Costa Pinto
26 Novembro

Sessão 10. António Costa Pinto

Antonio Costa Pinto

Nasceu em Lisboa em 1953. Doutorado pelo Instituto Universitário Europeu (1992, Florença) e Agregado pelo ISCTE (1999), é presentemente Investigador no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e Professor Convidado no ISCTE, Lisboa.
Foi Professor Convidado na Universidade de Stanford (1993) e Georgetown (2004), e Investigador Visitante na Universidade de Princeton (1996) e na Universidade da California- Berkeley (2000). Entre 1999 e 2003 foi regularmente Professor Convidado no Institut D’Études Politiques de Paris. É desde 1998 Sub-Director do Contemporary Portuguese History Resource Centre (CPHRC), sendo actualmente Presidente da Associação Portuguesa de Ciência Política.
As suas obras têm incidido sobretudo sobre o autoritarismo e fascismo, as transições democráticas e as elites políticas, em Portugal e na Europa. A longevidade do Estado Novo português levou-o inicialmente ao estudo comparado dos sistemas autoritários. Mais recentemente dedicou-se ao estudo do impacto da União Europeia na Europa do Sul. Outro tema a que se tem dedicado é o das elites políticas e as mudanças de regime na mesma área. É autor de mais de 50 artigos em revistas académicas portuguesas e internacionais.


Foi consultor científico do Museu da Presidência da República portuguesa e tem colaborado regularmente na imprensa, rádio e televisão. Entre 1998 e 2000 foi director dos Cursos da Arrábida. Foi autor de um programa de rádio, “As Marcas da História” (Antena II), e é actualmente cronista do Diário de Notícias.

PINTO, António Costa, EATWELL, Roger, LARSEN, Stein U, Charisma and Fascism in Inter-War Europe, London, Routledge, 2007.

PINTO, António Costa, " 'Chaos' and 'Order' : Preto, Salazar and Charismatic Appeal in Inter-war Portugal ", Totalitarian Movements and Political Religions, Vol. 7, No. 2, June 2006, pp.203-214.

PINTO, António Costa, ALMEIDA, Pedro Tavares de, BERMEO, Nancy G, Quem Governa a Europa do Sul?, Lisboa, Imprensa de Ciências Sociais, 2006

PINTO, António Costa, FREIRE, André, O Poder dos Presidentes. A República Portuguesa em Debate, Lisboa, Campo da Comunicação, 2005.

PINTO, António Costa, TEIXEIRA, Nuno S; A Europa do Sul e a Construção da União Europeia, Lisboa, Imprensa de Ciências Sociais, 2005

PINTO, António Costa, Portugal Contemporâneo, Lisboa, D. Quixote, 2005

PINTO, António Costa, "Salazar's Ministerial Elite, 1933-44", Portuguese Journal of Social Science, Vol. 3, Issue 2, September 2004, pp. 103-113

PINTO, António Costa, CRUZ, M. Braga da, Dicionário Biográfico Parlamentar, 1935-1974, 2 Volumes, Imprensa de Ciências Sociais, 2004-2005.

PINTO, António Costa, FARIA, Sérgio, VIEGAS, José M. L.; Democracia. Novos desafios e novos horizontes, Oeiras, Celta, 2004

PINTO, António Costa; Contemporary Portugal. Politics, Society and Culture, New York, SSM-Columbia University Press, 2003

PINTO, António Costa, FREIRE, André; Elites, Sociedade e Mudança Política, Oeiras, Celta Editora, 2003

PINTO, António Costa, COVA, Anne; "Women under the Portuguese New State?"

PINTO, António Costa; Os Presidentes da República Portuguesa, Lisboa, Temas e Debates, 2002

PINTO, António Costa; O Fim do Império Português: a cena internacional, a guerra colonial e a descolonização, 1961-1975, Lisboa, Livros Horizonte, 2001

PINTO, António Costa, Portugal Contemporáneo, Madrid, Sequitur, 2000

PINTO, António Costa; Modern Portugal, Palo Alto, SPOSS, 1998

PINTO, António Costa; Os Camisas Azuis. Ideologia, Elites e Movimentos Fascistas em Portugal (1914-1945), Lisboa, Editorial Estampa, 1994

PINTO, António Costa; O Salazarismo e o Fascismo Europeu. Problemas de interpretação nas ciências sociais, Lisboa, Editorial Estampa, 1992

.

.

Sessão 10. Maria Inácia Rezola

Maria Inácia Rezola:


Doutorada pela FCSH da UNL(História Institucional e Política Contemporânea) em 2004, é investigadora e membro da direcção do Instituto de História Contemporânea da mesma Faculdade.
Mestre em História Contemporânea pela FCSH da UNL.
Dezenas de comunicações, nacionais e estrangeiras, bem como pertença em diversos projectos de investigação.
Dezenas de artigos publicados em revistas da especialidade, nacionais e estrangeiras.
Presentemente lecciona da Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa.

PUBLICAÇÕES - Livros:

25 de Abril – Mitos de uma Revolução. Lisboa, Esfera dos Livros, 2007.


Os Militares na Revolução de Abril. O Conselho da Revolução e a Transição para a Democracia em Portugal (1974-1976). Lisboa, Campo da Comunicação, 2006.


António de Spínola in Fotobiografias Século XX, dir. por Joaquim Vieira, vol. 4. Lisboa, Círculo de Leitores, 2002


O Sindicalismo Católico no Estado Novo. Lisboa, Editorial Estampa, 1999, 290 pp.

Livros, coordenação:

Os Presidentes da República Portuguesa, coordenação de António Costa Pinto e Maria Inácia Rezola (colaboração). Lisboa, Temas e Debates, 2001


A Igreja e o Mundo Operário. Contributos para a História da Liga Operária Católica e da Liga Operária Católica Feminina (1936 - 1974). Coord. Maria Inácia Rezola e Nuno Estevão. Coimbra, Gráfica de Coimbra, 2002

.

.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

ADIAMENTO DA SESSÃO

A ÚLTIMA SESSÃO FOI ADIADA PARA O PRÓXIMO DIA 26 de NOVEMBRO

O dia de hoje.

Imaginava-se uma sessão bem animada, uma vez que estaríamos a falar de mulheres para mulheres (uma vez que estas são maioritárias no curso). Pois bem, superou as expectativas. Batemos todos os recordes.
Eu arriscaria dizer que tivemos não 2 mas 3 apresentações, tal a qualidade e intensidade do debate. Tenho pena que estejamos na parte final desta experiência. Parece que as pessoas começam a soltar-se definitivamente.
Sobre as exposições no concreto, Anne Cova transportou-nos, em primeiro lugar, para um espaço de teoria de interesse superior, deambulando pelos caminhos da autonomia dos estudos no femininos. Excelente a ideia da invisibilidade da mulher no estudo da História. Depois entrou no tema a debate, percorrendo aventuras e desventuras de uma organização feminina que acaba por existir quer na I Republica quer no Estado Novo.
Depois, Maria Antónia Palla, numa intervenção de emoção, memória, análise e prospectiva. Percorreu, entre lágrimas e sorrisos, o papel da mulher na segunda metade do século XX, colando e descolando o feminino da cronologia política, conforme ela ia acontecendo. Eleições, direitos, profissões, valores, educação. Maria Antónia acabou por desenhar um quadro bem completo do percurso da mulher portuguesa até aos nossos dias, não estranhando que o debate se tenha debruçado sobre o presente, o futuro e as consequências da nos nossos quotidianos .
No fim, uma frase: que saibamos ser todos iguais nas nossas diferenças.
Foi uma excelente sessão. Obrigado.
Comentem aqui.

.

.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

domingo, 18 de novembro de 2007

O dia de hoje.

Sessão 9.

Para uma História das mulheres no século XX português

Maria Antónia Palla

Anne Cova

19 Novembro

.

.

Sessão 9. Maria Antónia Palla

Maria Antónia Palla

Nasceu no Seixal em 1933, no seio de uma família “republicana, laica e socialista”.

Fez a instrução primária em casa, o secundário no Liceu Francês Charles Lepierre e licenciou-se em Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras de Lisboa.

O jornalismo foi a sua única profissão, iniciada em 1968 no “Diário Popular”, após um concurso que permitiu, que pela primeira vez, três mulheres entrassem numa redacção, com funções indiferenciadas. S

eguiram-se o “Século Ilustrado”, “Vida Mundial”, “A Luta”, Agência ANOP, “A Capital”, RTP, revista “Máxima”, de que foi chefe de redacção.

Foi membro do Conselho de Imprensa, eleita pela classe e foi a primeira mulher eleita para a Vice-Presidência do Sindicato dos Jornalistas. Foi também a primeira mulher a ocupar o cargo de Presidente da Caixa de Previdência dos Jornalistas, função que desempenhou nos últimos dez anos.

Entre os muitos temas que tratou durante os trinta e quatro anos de jornalismo, destacam-se os dedicados à situação das mulheres, tendo desenvolvido intensa actividade cívica em defesa dos seus direitos, nomeadamente a despenalização do aborto.

Foi Presidente da Liga dos Direitos das Mulheres, de que foi fundadora.

Realizou conferências, participou em colóquios, publicou inúmeros trabalhos em jornais e revistas e,

em livro, “Só Acontece aos Outros”, ed. Bertrand, 1979, considerado “um olhar pioneiro sobre o fenómeno da violência contra mulheres, crianças e adolescentes.

Publicou ainda “Revolução meu amor”, ed. Prelo,1969, sobre os acontecimentos de Maio de 68;

O essencial sobre a Condição Feminina”, ed. Imprensa Nacional, 1985;

“Seis portuguesas em terras da UNITA”, ed, Bertarand, 1988, em co-autoria e

Savimbi, um sonho africano”, ed. Nova Ática, 2003, em co-autoria com João Soares.


Para a RTP, foi autora de diversos programas temáticos, produzidos pela CINEQUIPA e, em co-autoria com as jornalistas Antónia de Sousa e Teresa de Sousa, respectivamente, as séries “NOME: MULHER” e “O OUTRO LADO DA CRISE”.

Foi agraciada com a Ordem da Liberdade, em 2004, pelo Presidente Jorge Sampaio.

.

.

Sessão 9. Anne Cova

É investigadora no ICS-UL.
Doutorou-se em História pelo Instituto Universitário Europeu de Florença (1994). Foi Visiting Scholar nas Universidades de Stanford, Princeton e da California-Berkeley nos EUA.

Actualmente, é responsável científica do Arquivo de História Social do ICS-UL e vice-presidente da Associação Portuguesa de Investigação Histórica sobre as Mulheres (APIHM), filiada na International Federation for Research in Women's History (IFRWH).
Dentro das suas publicações destacam-se:
Maternité et Droits des femmes en France, XIX-XXe siècles, Paris, Anthropos-Economica, 1997;
"Au service de l'Eglise, de la famille et de la Patrie". Femmes catholiques et maternité sous la IIIe République, Paris, L’Harmattan, 2000;
Writing Women's History in Southern Europe, 19th-20th Centuries, Oeiras, Celta, 2003 (Com Gisela Bock, Orgs.) e
Org. Comparative Women's History: New Approaches, Boulder and New York, Social Science Monographs/Columbia University Press, 2006.

A sua área de investigação incide sobre a história das mulheres no século XX, encontrando-se actualmente a realizar um estudo comparativo de três associações de mulheres em França, Itália e Portugal (o Conseil national des femmes françaises, o Consiglio nazionale delle donne italiane e o Conselho nacional das mulheres portuguesas) na primeira metade do século XX.
.

.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Sessão 8. A questão colonial e a questão social no Marcelismo

Outro excelente dia.
O dia começou com outra intervenção com PowerPoint, produzida pela Claudia Castelo, que deambvulou pelas colónias portuguesas, pelo nosso ultramar, pelas provincias ultramarinas, num percurso de 50 anos (entre a República e o Estado Novo) que deixou saudade.

Fátima Patriarca, expondo parto do seu trabalho inédito sobre a questão social no Marcelismo, centrou-se numa análise, quente, sobre o sindicalismo português na virada de 60.

Duas excelentes apresentações e um animadíssimo debate, comprovando que a dinâmica do curso consolidou-se.

Comentem aqui.

.

.

Sessão 8. A questão colonial e a questão social no Marcelismo

Claudia Castelo



Fátima Patriarca


.

.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

O dia de hoje.



Sessão 8.

A questão colonial e a questão social no Marcelismo

Cláudia Castelo

Fátima Patriarca

14 Novembro,

.

.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Sessão 8. Fátima Patriarca

Fátima Patriarca
investigadora principal do Instituto de Ciências Sociais (ICS), da Universidade de Lisboa, jubilada.

Diplomada pelo Instituto Superior de Serviço Social de Lisboa (1967), frequentou, enquanto bolseira da Fundação Gulbenkian, o 3ème Cycle na Ecole Pratique des Hautes Etudes, obtendo o Diplôme d’Etudes Approfondies en Sciences Sociales (1970-72).

Licenciou-se em Sociologia no ISCTE (1980). Realizou as provas da carreira de investigação no ICS (1992).

Foi assistente no ISSS e no ISCTE (1974-1976).

Ingressou no GIS (1975) e no ICS (1982), de cujos órgãos directivos fez parte.

Os seus interesses situaram-se, primeiro, na área da Sociologia Industrial, depois na de História Social.
Publicou, entre muitos outros textos,
«Taylor no Purgatório. O trabalho operário na metalomecânica pesada», Análise Social, n.º 71, 1982;
A Questão Social no Salazarismo (1930-1947), Vol. I e II, Lisboa, INCM, 1995;
«Greves», in Dicionário de História de Portugal (coord. António Barreto e Maria Filomena Mónica), Porto, 1999;
Sindicatos contra Salazar. A revolta do 18 de Janeiro de 1934, Lisboa, ICS, 2000;
«Estado social: a caixa de Pandora», in A Transição Falhada. O Marcelismo e o Fim do Estado Novo (1968-1974), (coord. Fernando Rosas e Pedro Aires Oliveira), Lisboa, 2004.

.

.

Sessão 8. Claudia Castelo

Cláudia Castelo (Lisboa)

Licenciada em História (1992) e mestre em História dos Séculos XIX e XX (1997), pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Lisboa; e doutora em Ciências Sociais (Sociologia Histórica), pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (2005).

Foi bolseira de investigação da JNICT, do Instituto de Investigação Educacional, da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses e da FCT.

Tem participado em projectos de investigação na área da História contemporânea e da História colonial.

Possui o curso de Especialização em Ciências Documentais, variante Arquivo (1999), pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Desde 2001 é técnica superior de Arquivo na Câmara Municipal de Lisboa.

Livros:
«O modo português de estar no mundo»: o luso-tropicalismo e a ideologia colonial portuguesa (1933-1961), Porto, Edições Afrotnamento, 1999.
Passagens para África: o povoamento de Angola e Moçambique com naturais da metrópole (1920-1974), Porto, Edições Afrotnamento, 2007.

.


.


Sessão 7. O pós-guerra e a definição do Portugal moderno

Meus caros,
Outra sessão espantosa.
Duas linhas diferentes mas bem complementares.
A Fernanda Rollo, estreando o power point da sala, passeou-nos pelos modelos económicos do Estado Novo do pós-guerra, colocando-nos no Portugal dos anos 40/50 com um pormenor e atenção que impressionou pela vivacidade, clareza e exposição.
O Pedro Faria, assumidamente irreverente, posicionou Portugal no novo sistema internacional, partindo do pensamento político de Salazar.
Foi uma sessão que aqueceu no debate, uma vez mais, demonstrando que quanto mais avançamos na história e nos aproximamos do presente, mais as pessoas recordam e são confrontadas com interpretações alternativas (ou complementares) sobre o que aconteceu.
Por favor queiram comentar:
.
.

Sessão 7. O pós-guerra e a definição do Portugal moderno

Maria Fernanda Rollo



Pedro Faria

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

O dia de hoje.



Sessão 7.
O pós-guerra e a definição do Portugal moderno
Maria Fernanda Rollo
Pedro Faria
12 Novembro,
.
.

domingo, 11 de novembro de 2007

Sessão 7. Maria Fernanda Rollo

Maria Fernanda Rollo, é doutorada em História Económica e Social Contemporânea e professora do Departamento de História da FCSH/UNL.
É também investigadora e vice-presidente do Instituto de História Contemporânea.
Entre outras publicações, destacam-se: Portugal e o Plano Marshall, Estampa, Lisboa, 1994;
“Percursos Cruzados”, in Engenho e Obra. Uma abordagem à História da Engenharia em Portugal no Século XX, Coord. J. M. Brandão de Brito, Manuel Heitor e Maria Fernanda Rollo, Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2002;
"Inovação e produtividade: o modelo americano e a assistência técnica americana a Portugal no pós-guerra", in Momentos da Inovação e engenharia em Portugal no Século XX, 3 vols., coord. de J. M. Brandão de Brito, Manuel Heitor e Maria Fernanda Rollo, Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2004
"Heranças da Guerra: o reforço da autarcia e os ‘novos rumos’ da política económica", in Ler História, nº 50, 2006, pp. 115-153.

.

.

Sessão 7. Pedro Faria

Pedro Faria é doutorando da Universidade de Letras da Universidade do Porto.
Tem desenvolvido investigação na área das Relações Internacionais, destacando-se a que tem produzido no âmbito da diplomacia do Estado Novo, as relações Portugal – Espanha e a história do pensamento político português contemporâneo.
Tem participado em diversos projectos de investigação na área da História Contemporânea e das Relações Internacionais.
Tem diversas presenças em colóquios e conferências nacionais e internacionais, e várias publicações em revistas da especialidade.

.

.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Berlim, 9 de Outubro

Dois dias na história de uma cidade.

Dias de angustia, de celebração, de lágrima e de riso.

Dias de partilha, de fuga, de medo e de pânico.


Dois dias na vida de Berlim.

Dois dias que a história quis que ocorressem na capital alemã, centro natural de filosofia, de ideia, de política, de cultura.

Dias que a história quis que fossem duplamente certificados pelas mesmas testemunhas, experimentando no real o que de melhor e de pior a humanidade é capaz de produzir.

Dois dias onde Berlim assumiu, ontem como hoje, um estranho magnetismo potenciador de purismos extremos. Ontem foi a possibilidade total da libertação, anteontem a escuridão do nazismo totalitário e hoje a Ideia de Europa.


Separados por seis décadas, a queda do muro de Berlim e a Kristallnacht não podiam representar estados de espírito mais antagónicos. De verdadeira superação colectiva e de devir nacional, o dia 9 de Novembro de 1989; e de definição do totalitarismo pagão e racista e de afirmação do nazismo como formula política de matriz muito particular do 9 de Novembro de 1938.

São dias desses que definem a alma de uma civilização, que assumem carácter, que permitem a inscrição, a letras escarlates, na memória.

E essa perdura… se não a quiserem apagar…



1989, queda do Muro





1938, Kristallnacht


quinta-feira, 8 de novembro de 2007

O dia de hoje.

Bom, sobre o dia de hoje não dá mesmo para falar...

Só queria referir a excelente exposição do Goffredo sobre a propaganda fascista comparada, entre Portugal e Itália. Muito bom.

retive, entre outras ideias, a diferença entre o imperativo da socialização das massas italiano versus a timidez da familia portuguesa, patente na organização urbanista e arquitectónica do espaço urbano: em Itália a prevalência do pátio e do sitio de convivio; em Portugal, a casa unifamiliar, com o seu pequeno quintal.

Excelente.

Sobre a minha apresentação, não me pronuncio.

.

.

O dia de hoje.



Goffredo Adinolfi


José Reis Santos


quarta-feira, 7 de novembro de 2007

O dia de hoje.

Sessão 6
O Fascismo existiu em Portugal?
Entender as origens do Estado Novo.
Goffredo Adinolfi
José Reis Santos
7 Novembro,
.
.

Sessão 6. Goffredo Adinolfi

Goffredo Adinolfi é actualmente investigador pós-doc no Instituto Superior do Trabalho e da Empresa (Iscte).
Licenciou-se em Ciência Politica na Universidade de Milão onde também doutorou-se em Historia da Sociedade e das Instituições da Europa contemporânea com uma tese sobre a propaganda e o consenso no Portugal salazarista.

É autor do livro: “Ai confini del fascismo: Propaganda e consenso nel Portogallo salazarista (1932-1944)”.

.

.

Sessão 6. José Reis Santos

Licenciado em «Relações Internacionais» pela Universidade Lusíada
Pós-graduação em «Lisboa: História e Urbanismo», na Universidade Autónoma de Lisboa. 2000 – 2001. Apresentação de tese “Elites dirigentes do Município de Lisboa no Marcelismo: 1967-1974”
Mestrando da UNL, onde prepara tese sobre «Eleiçoes no Estado Novo português»
Docente na área de História, ao serviço do Externato Latino Coelho, administrando lições ao ensino recorrente (10º ao 12º anos de escolaridade). Formador em diversas areas e Docente convidado:
Colaborador do inquérito realizado após o XV Congresso do Partido Socialista, coordenado pelo ICS-UL, U Aveiro e U Coimbra, efectuado em Novembro de 2006.
Membro fundador e Presidente do Clube «Loja de Ideias», organização dedicada ao estudo e debate da sociedade contemporânea na sua múltipla dimensão política, social e cultural, onde organizou alguns ciclos de conferências, destacando-se o CICLO REFORMA DO SISTEMA ELEITORAL, Coordenação científica de José Reis Santos (FCSH-UNL e CLDI) e Diogo Moreira (ICS-UL e CLDI) e o Ciclo de conferências sobre o 25 de Novembro de 1975. Percursos, Leituras e Reflexões; Coordenação científica de José Reis Santos

Participação em projectos
investigador do Instituto Transatlântico Democrático
Investigador nos seguintes projectos: «Patronagem Política em Portugal», «Transições Ibéricas» e «Pensamento Político Português»

Publicações
Livros (autor)
José Reis Santos, O debate cultural na Assembleia Constituinte, Editora Via Ocidentalis, Lisboa (no prelo).
José Reis Santos Sophia e Seabra. Dois intelectuais na Revolução, Editora Palimage, Viseu e Braga, (no prelo).
José Reis Santos Elites dirigentes do Município de Lisboa no Marcelismo: 1967-1974, CML, Lisboa, (no prelo)

Capítulos de livros
José Reis Santos, «Ciclos eleitorais no Estado Novo», in António Costa Pinto e Tiago Fernandes (org.) - Elites e autoritarismo. O Estado Novo Português, Lisboa (no prelo)

Artigos em revistas nacionais com arbitragem científica
José Reis Santos, «Socialismo, socialismus», in Revista Cultura, vol. XX / 2005, Setembro 2005, pp.199-224.
José Reis Santos, «Os Militares e a Revolução de Abril», recensão crítica a Maria Inácia Rezola, Os militares na Revolução de Abril. O Conselho da Revolução e a transição para a democracia em Portugal (1974 – 1976), Lisboa, Campo da Comunicação, 2006, publicada in Trajectos, nº 8-9, 2006, pp. 149-154.
José Reis Santos e Diogo Moreira, «Novas Formas de Participação Cívica: O Clube “Loja das Ideias” e a Reforma do Sistema Eleitoral (para a Assembleia da República)», in Finisterra nº 55/56/57, 2007

Outras publicações
José Reis Santos, «As eleições legislativas de 1942» in História nº 78, Julho/Agosto 2005, pp. 36-41.
José Reis Santos, «Auto-análise de um sequestro. A Assembleia Constituinte e o 12 de Novembro de 1975», in História nº 84, Fevereiro 2005, pp.33-39.
.
.

terça-feira, 6 de novembro de 2007


Bom... começo mesmo a ficar sem elogios…

Mais uma excelente sessão, ladeada por duas interessantíssimas exposições. Uma mais detalhada, mais técnica, por parte do Daniel Melo, outra mais envolvente, pessoal, pelo António-Pedro Vasconcelos.

Tivemos ainda, há que destacar, a presença activa da audiência, que em sessão aberta se apresentou e comentou o curso até ao momento (volto a agradecer os elogios).

Chegámos, agora, a meio da nossa experiência.

Comentem aqui a sessão de hoje:

.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

O dia de hoje.


Daniel Melo


António-Pedro Vasconcelos



O dia de hoje.



Sessão 5.

Cultura popular e cultura de massas no Portugal do século XX



5 Novembro,

.

.

Sessão 5. António Pedro Vasconcelos

António-Pedro Saraiva de Barros e Vasconcelos
(Leiria, 10 de Março de 1939) é um cineasta português. Foi um dos jovens cineastas que se lançaram no movimento do Novo Cinema.
Aluno do Curso Superior de Filmografia, na Universidade de Sorbonne (Paris IV), António Pedro Vasconcelos é um dos cineastas representativos do Cinema Novo Português com o filme Perdido por Cem, de 1973. Foi responsável também por alguns dos filmes portugueses que maior sucesso comercial tiveram nas salas nacionais, como O Lugar do Morto (1984) ou Jaime (1999) - premiado com a Concha de Prata do Festival Internacional de Cinema de San Sebastian.
Recebeu, em Portugal, os Globos de Ouro para Melhor Filme e Melhor Realizador, com Jaime (1998).
Os Imortais (2003) e Call Girl (2007) são os seus mais recentes trabalhos.
No cinema trabalhou também como produtor (tendo fundado a V.O. Filmes, a Opus Filmes e ainda o Centro Português de Cinema, que produziu a maior parte dos filmes do Cinema Novo). É argumentista, montador e teve participações como actor nalguns filmes.
Presença regular na televisão como comentador desportivo, apresentou nos anos 70 o programa Cineclube (RTP2), fez crítica literária e cinematográfica, chefiou a redacção com João César Monteiro do jornal O Cinéfilo, foi colunista da revista Visão e director da revista A Semana (suplemento do Independente, onde publicou textos vários). É autor de Interesse Público, Interesses Privados (2002) e foi Provedor do Leitor no jornal Rekord.
Em 1985 representou Portugal no Fórum Cultural de Budapeste, a convite do Ministro dos Negócios Estrangeiros. Presidiu ao grupo de trabalho encarregado pela Comissão Europeia de fazer o Livro Verde para a Política do Cinema e Audiovisual. Tem ministrado conferências e congressos em Portugal e no estrangeiro.
Presidiu à Associação Portuguesa de Realizadores (1978-1984), ao Secretariado Nacional do Audiovisual (1991-1993), o Concelho de Opinião da RTP (1996-2003). Foi professor da Escola de Cinema do Conservatório Nacional e é, actualmente, coordenador executivo da Licenciatura em Cinema, Televisão e Cinema Publicitário da Universidade Moderna.
Foi distinguido Cavaleiro pela Ordem do Infante D. Henrique.

.

Sessão 5. Daniel Melo

Biografia de Daniel Melo
É historiador e investigador associado no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.

Licenciou-se em História pela Universidade Nova de Lisboa (1992). Mestre em História contemporânea pela mesma instituição em 1997, com a tese Salazarismo e cultura popular, galardoada com o Prémio de História Contemporânea Victor de Sá (Universidade do Minho) e editada pela Imprensa de Ciências Sociais (2001). Doutorado em História contemporânea pelo ISCTE (2003), com a tese A leitura pública no Portugal contemporâneo, a qual foi também contemplada com o prémio referido supra e editada pela ICS (2004).

Colaborou em vários projectos de investigação, designadamente em Revivificação do património cultural expressivo português (coord. Prof.ª Salwa Castelo-Branco). Concluiu recentemente um projecto sobre a sociedade civil e o regionalismo em Portugal no século XX. Deste resultaram trabalhos sobre associações regionalistas no país, ex-Império colonial e na diáspora, incluindo estudos de caso para o Alentejo, Trás-os-Montes, Beiras e Madeira. Além das teses, publicou, entre outros, os seguintes estudos:

–“A FNAT entre conciliação e fragmentação”, Vozes do povo. A folclorização em Portugal, org. de Salwa Castelo-Branco e Jorge Freitas Branco, Oeiras, Celta Editora, 2003;
–“«Um povo, uma cultura, uma região»: a história exemplar da Casa do Alentejo”, Trabalhos de Antropologia e Etnologia, v. XLV (1-2), 2005;
–“«Beiras e Pátria»: o regionalismo beirão e as suas relações com o Estado e a sociedade civil no século XX”, Ler História, n.º 51, 2006;
–“Alfabetização de adultos e leitura pública em Portugal no pós-II Guerra Mundial”, in Diogo Ramada Curto (dir.), Estudos de sociologia da leitura em Portugal no século XX, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian e FCT, 2006.
Para mais informações ver aqui.

Livros do autor:
Salazarismo e cultura popular (1933-1958), Lisboa, Imprensa de Ciências Sociais, 2001.
A leitura pública no Portugal contemporâneo (1926-1987), Lisboa, Imprensa de Ciências Sociais, 2004.

.

.


quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Sessão 4. República Velha versus República Nova



António Araújo




Alice Samara


.
.

Sessão 3. A I República e a Modernidade



Fernando Catroga




João Bonifácio Serra



.

O dia de hoje.

Sessão 4.
Meus caros, penso que estivemos hoje perante mais uma sessão de qualidade ímpar.
Outras duas apresentações de António Araújo, numa visão panorâmica acerca da Igreja e o Estado, num percurso por três regimes - Monarquia, República e Estado Novo - simultaneamente fechou um dos temas políticos da época - a Relação entre o Estado e a Igreja - e lançou as bases para o entendimento de uma das elites políticas essencial à compreensão do Estado Novo: os Católicos.
Alice Samara, numa apresentação contagiante, viajou sobre o mito sidonista com segurança e sabedoria, contagiando a sala e o debate.
O debate correu de forma muito animada, estendendo a sessão bem para lá da hora. Parece que o grupo está mais solto e participativo. Impressão a confirmar em sessões posteriores.
Comentem neste espaço. O próximo post será com as apresentações na sessão.
.

Sessão 2. Portugal 1900


António Ventura




Ricardo Revez



.

.